SONETO A QUATRO-MÃOS ( Vinicius de Moraes e Paulo Mendes Campos )



  
Tudo de Amor que existe em mim foi dado.
Tudo que fala em mim de Amor foi dito.
Do nada em mim o Amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.



Tão pródigo de Amor fiquei coitado
Tão fácil para Amar fiquei proscrito.
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.



Tenho dado de Amor mais que coubesse,
Nesse meu pobre coração humano,
Desse eterno Amor meu antes não desse.



Pois se por tanto dar me fiz engano,
Melhor fora que desse e recebesse,
Para viver da vida o Amor sem dano.



5 comentários:

Arnoldo Pimentel disse...

Um lindo soneto, parabéns pela bela postagem.

Guida Rosa disse...

Palavras escritas com o coração cheio de amor maravilhoso!!

Unknown disse...

Parabéns, visitar seu blog bate saudades... abraço!
http://atividadespedagogicasprofgracilene.blogspot.com.br/

Carolina disse...

Delicadeza, beleza, precioso poema!
Saudacoes, abracos.

fernando disse...

Olá Lecy!

Como sempre a Ilustrações do Blogue são bonitas! Quanto ao Soneto a Quatro Mãos - Fazer um Soneto é difícil. O poeta tem de seguir as regras, entre elas a Rima. Quando se procura fazer Rima, o poema perde muitas vezes a sensibilidade e intensidade. Como neste caso, não importa se o Autor é Vinicius de Morais, só a primeira estrofe é poesia pura. O resto foi para agradar à galaria!

Jc

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