O teu rosto inclinado pelo vento... A feroz brancura dos teus dentes, As mãos, de certo modo, irresponsáveis... E contudo sombrias, e contudo transparentes.
O triunfo cruel das tuas pernas, Colunas em repouso se anoitece. O peito raso, claro, feito de água, A boca sossegada onde apetece...
Navegar ou cantar , ou simplesmente ser A cor d'um fruto, ou peso d'uma flor, As palavras mordendo a solidão, Atravessadas de alegria e de terror, São a grande razão... são a única razão...