O coração que sente vai sozinho,
Arrebatado, sem pavor, sem medo,
Leva dentro de si raro segredo,
Que lhe serve de guia no caminho...
Vai no alvoroço, no celeste vinho,
Da luz os bosques acordando cedo..
Quando de cada trêmulo arvoredo,
Parte o sonoro e matinal carinho...
E o coração vai nobre e vai confiante...
Festivo como a flâmula radiante,
Agitada bizarra pelos ventos..
Vai palpitando, ardente, emocionado,
O velho coração arrebatado
Preso por loucos arrebatamentos !