Por viver muitos anos dentro do mato,
Moda ave...o menino pegou um olhar de pássaro,
Contraiu visão fontana.
Por forma que ele enxergava as coisas,
Por igual como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
podiam ficar em qualquer posição.
Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar ao canto formato de sol.
E, se quisesse caber em uma abelha,
Era só abrir a palavra abelha,
e entrar dentro dela;
Como se fosse infância da língua.
6 comentários:
Linda imagem e lindo poema
BJOS
ALICE
Um poema para se aprender com ele. Um abraço, Yayá.
Ah, que doçura, que poder incrível essas palavras têm de fazer crer na força da simplicidade!
Gostei demais, flor.
Um beijo.
Lecy'ns
Essa é a linguagem da natureza.A poesia sentida, mais preciosa que a poesia dita.O menino que enxerga o pássaro. Não é apenas o ver .É o olhar da abelha dentro de si.
Linda canção do ver.
Linda escolha
Obrigada por este seu espaço.
bjs
Maravilhosa, para pensar e sentir. Bjs
Joana
Muito belo esse poema,Manuel e sua simplicidade acaba sempre envolvendo agente.
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