Perdi meus fantásticos castelos,
Como névoa distante que se esfuma..
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los..
Quebrei as minhas lanças uma a uma !
Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
Tantos escolhos! Quem podia vê-los ?
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma...
Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...
Sobem-me aos lábios súplicas estranhas
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias ...
2 comentários:
Belo soneto desta formidável poetisa.
Um abraço. Tenhas um lindo feriadão.
Esse poema é fruto de muita sensibilidade. Lindo! Muita paz!
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