A QUEM MAIS EU PODERIA DOAR MEU CORAÇÃO? ( João Maria Ludugero)




Não temo a lida
Eu acredito na força do braço
Eu pego a trilha entre a planície e o precipício,
Caminho entre um dia conturbado outro sereno,
Compelindo-me ora ao néctar ora ao veneno,
Entre o autocontrole e o vício.
Eu enfrento meus bichos,
Dou espaço ao deslizar do tempo
Eu me movo disso, e consigo
Entre as favas contadas e o desperdício,
Entre coisas vastas e as pequenas,
Na escada dos meus erros chego ao pleno,
Vislumbro luz ao final do sacrifício,
E acho paz após o obscuro fim do túnel.
Sigo Deus mas sem seguir doutrinas,
Vejo grandeza nas coisas pequeninas,
Sei que há um escaninho em mim, 
Um cofre de guardar gratidão.
Caio, levanto, ergo-me, sacudo a poeira
Choro e sorrio juntando meus pedaços,
Vou correndo os nós, desatando o essencial,
Sem carecer de ir cortando os laços,
Buscando pouco a pouco a perfeição.
Quem sabe um dia eu possa me doar inteiro,
Quem sabe através da poesia que me guarda em vida,
Eu me sinta a salvo, bem encaixado
A bater valente noutro coração.

2 comentários:

João Maria Ludugero disse...

Eu sou suspeito em falar. Sou pai-coruja, adorei o poema e a fotografia! Um encanto.
Tenhas uma grande semana!
Mega abraço,
De coração, João Ludugero, poeta.

João Maria Ludugero disse...

Por favor, use e abuse dos meus textos e publique o que lhe aprouver. Sei que estou em boas mãos! Adorei seu comentário, que me deixou emocionado com tuas palavras carinhosas. TE ADORO! Volte sempre, estarei te esperando,pois a casa é sua!
Hiper abraço,
João Ludugero, poeta.

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